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Fórum de Competitividade - Painel 2
18 de maio de 2023
A agenda ambiental é prioridade
O segundo painel do Fórum de Competitividade discutiu os desafios do Brasil para construir uma agenda sustentável, que valoriza e preserva os recursos naturais. O encontro contou com a participação do senador Alessandro Vieira, do governador do Pará, Helder Barbalho, do secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Rodrigo Rollemberg, da fundadora da Aya, Patrícia Ellen e do diretor-executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto.
Na avaliação de Barbalho, o desafio do Brasil é tornar a agenda ambiental e social uma nova oportunidade de negócio. Para isso ocorrer, segundo ele, é necessário investir no conhecimento das oportunidades da biodiversidade do País. “O Brasil não valoriza a ciência. Temos que investir em tecnologia e conhecimento”, disse o governador
Já o senador Alessandro Vieira, do PSDB, afirmou que o Brasil tem potencial de investimento em hidrogênio verde, principalmente no estado de Sergipe. “O desafio é construir uma consciência coletiva, com participação privada e do Congresso Nacional. Se formos por esse caminho, teremos uma política de desenvolvimento muito eficiente”.
Para Rollemberg, o Brasil tem uma oportunidade única de ser liderança no debate sobre produção de baixo carbono. “Temos a maior biodiversidade do planeta, biomassa, matriz energética limpa e com capacidade de expansão. Três projetos sobre regulamentação do mercado de carbono tramitam no Congresso Nacional. Vamos garantir a competitividade das empresas brasileiras”, disse.
O diretor-executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto, afirmou que o Brasil é responsável pela maior produção de suco de laranja do mundo. “A cada 5 copos consumidos no mundo, 3 vêm do Brasil”. Segundo ele, a empresa mantém 180 mil hectares de floresta nativa preservados. “Todo o sistema de produção é limpo, uma obrigação nossa”.
Para a fundadora da Aya, Patricia Ellen, a dicotomia entre desenvolvimento e sustentabilidade não existe. “O Brasil é o único país que pode descarbonizar sua indústria até 2050. Precisamos mostrar para o mundo que podemos crescer, incluir pessoas, e, para que isso aconteça, é preciso investimento em tecnologia”, disse.
O Fórum de Competitividade, organizado pelo Movimento Brasil Competitivo e a Frente Parlamentar Pelo Brasil Competitivo, debate nesta quarta-feira (17.05), as soluções para o desenvolvimento econômico e a superação dos desafios sociais do Brasil. O evento trata sobre a necessidade de aperfeiçoamento do sistema tributário, da qualidade nos investimentos públicos e privados em infraestrutura, da qualificação da mão-de-obra e da ampliação da agenda de desburocratização, entre outros pontos. O evento tem apoio do MoveInfra.

Durante nosso evento “Infraestrutura em movimento: desafios para transformar o Brasil”, foi assinado o Pacto pela Infraestrutura, movimento que reúne entidades do setor em torno de uma agenda comum para o fortalecimento das bases institucionais e regulatórias do país. O pacto reforça a necessidade de aprovação de marcos legais estratégicos, como a Nova Lei de Concessões e PPPs (PL 2.373/2025). O projeto foi conduzido pelo deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) na Câmara dos Deputados, onde passou por intensas discussões ao longo de quase cinco anos até ser aprovado em maio deste ano. Depois disso, o projeto foi ao Senado, mas ainda não teve relator designado pelas comissões temáticas onde deve tramitar. O CEO da Santos Brasil e presidente do Conselho Diretor do MoveInfra, Antonio Carlos Sepúlveda, lembrou que ainda não foi nomeado um relator para este projeto de lei no Senado. Segundo ele, seria oportuno que a proposta fosse aprovada ainda nesta legislatura. “Eu acho que seria muito importante que nestes últimos talvez doze, 13 meses de legislatura, porque depois entra em ritmo de eleição, fica muito difícil, acho que seria importante sair desta legislatura com pelo menos este projeto aprovado”, disse. Além desse projeto de lei, o pacto também indica o aperfeiçoamento do licenciamento ambiental, o fortalecimento e a autonomia financeira das agências reguladoras, além da proteção das infraestruturas críticas com medidas de segurança e combate à atuação do crime organizado, como propostas essenciais para o desenvolvimento do setor. Assinaram o pacto: MoveInfra, ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias), ANTF (Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários), ABR (Aeroportos do Brasil), ANPTrilhos (Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos), ABTP (Associação Brasileira dos Terminais Portuários), Abcon (Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Água e Esgoto) e Aneor (Associação Nacional das Empresas de Obras Rodoviárias). O documento segue aberto para novas adesões. Segundo a diretora-executiva da ANPTrilhos, Ana Patrizia, porta-voz da iniciativa, a aliança nasce da constatação de que as entidades do setor compartilham um objetivo único: impulsionar o desenvolvimento da infraestrutura como vetor do crescimento econômico e social do Brasil. “O que trazemos é uma plataforma de ação coletiva. Esperamos o apoio do poder público, do Legislativo, das agências e da sociedade, porque a infraestrutura precisa ser tratada como uma política de Estado”, afirmou a porta-voz das associações. Leia abaixo a íntegra do documento:

O MoveInfra realizou nesta quarta-feira (22.10) o evento “Infraestrutura em movimento: desafios para transformar o Brasil”, que propôs um debate abrangente sobre os caminhos para modernizar e ampliar a rede de transporte e logística, conciliando eficiência, inovação e responsabilidade socioambiental.


