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Dia Internacional da Mulher: MoveInfra promove encontro com profissionais da infraestrutura
8 de março de 2024

Conheça mais sobre as convidadas do Papo de Infra Delas

Um grupo de pessoas está próximo um do outro no meio de uma multidão.
Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, o MoveInfra promoveu um encontro com profissionais da infraestrutura para falar sobre desafios, perspectivas e avanços no mercado de trabalho. O Papo de Infra Delas reuniu seis mulheres das empresas associadas, sendo três que ocupam cargos de liderança e três da área operacional, que compartilharam suas histórias e experiências. Para comandar esse bate-papo, a CEO do MoveInfra, Natália Marcassa convidou a presidente da Infra Women Brazil (IWB), Márcia Ferrari. O vídeo completo está disponível no nosso canal do Youtube. Clique aqui para assistir.

A diretora-executiva do Instituto CCR e diretora de Responsabilidade Social, Sustentabilidade e Inovação do Grupo CCR, Renata Ruggiero, foi uma das convidadas. Ela afirmou que iniciou sua carreira no setor financeiro, mas logo fez uma transição para a infraestrutura. “Eu percebi que gostaria de trabalhar com impacto, eu gostaria que meu tempo, meu trabalho e minha energia fossem direcionados para mudar a sociedade, mudar o mundo pra melhor”. 

Ruggiero também destacou as ações do Grupo CCR para incentivar mais mulheres na infraestrutura. “A gente trabalhou desde ações de mentoria e de capacitação de mulheres para assumir posições de liderança e também olhamos muito para posições mais técnicas e de operações”. Ruggiero ressaltou que a empresa tem um desafio a cumprir na área de mobilidade urbana. “Um estudo da ANPTrilhos, de 2022, mostrou que apenas 25% da força de trabalho do setor metroviário é ocupada por mulheres. Esse percentual ainda é muito baixo e a gente vem trabalhando algumas vagas afirmativas. Mulher pode estar onde ela quiser”, reforçou.

A operadora de tráfego da Ecovias do Araguaia, uma das rodovias administradas pela EcoRodovias, Pamella Louise Lopes de Souza, explicou como é seu trabalho nos trechos das BRs 080, 153 e 414, nos estados de Goiás e Tocantins. “Minha função é fazer a inspeção das rodovias, trazer uma segurança para o pessoal e fazer o direcionamento das ocorrências para ter uma fluidez melhor do tráfego”.

Segundo ela, a oportunidade que a EcoRodovias proporcionou a ela incentiva outras mulheres a ocuparem esses espaços. “Vai ajudando, influenciando e dando mais apoio pra outras pessoas que queiram ingressar na nossa área”.

A vice-presidente de Operações da Hidrovias do Brasil, Gleize Gealh, afirmou que um dos maiores desafios é capacitar pessoas, não só mulheres, nos locais onde a empresa atua. “A gente está falando de lugares remotos, muitos distantes. É carente, sim, de ter pessoas disponíveis e de ter pessoas com a qualificação necessária nesses locais. E a formação da mão de obra local é imprescindível”. Segundo ela, 80% dos colaboradores da Hidrovias do Brasil são de suas respectivas regiões.

Gealh reforçou a importância de as mulheres conquistarem seu espaço e dividiu com as participantes o que leva como um mantra: “Eu acho que continuo inspirando e com o mesmo brilho de entrar e de não olhar dos lados e me preocupar que é um homem, mas procurar me autorrealizar. Acho que esse é o objetivo. A gente se autorrealizar. A gente não precisa ser só mãe, cuidar dos filhos e da casa. A gente pode fazer isso e muito mais”.

A história de Andrieli Borba, da Rumo, também é inspiradora. Ela é a primeira mulher maquinista na Operação Portos Sul, que transporta commodities agrícolas, como fertilizantes, milho, trigo, soja, óleo vegetal e açúcar na ferrovia que liga o Porto de Paranaguá, no Paraná, aos portos de Santos, São Francisco do Sul e Rio Grande.

“Eu sou encantada. Eu entrei como manobradora. Esse cargo de manobradora me deu a oportunidade de conhecer essa profissão de maquinista que me encantei e hoje eu sou apaixonada pelo que eu faço. Não é uma profissão fácil, mas se a gente quiser, a gente consegue”, disse.

Samanta Odília Gonçalves Reinert, da Santos Brasil, é especialista de Planejamento Operacional no Tecon Santos. Ela ingressou na empresa como estagiária há 12 anos e acompanhou o crescimento das mulheres em cargos de liderança e na operação. “Durante esse tempo, eu vi como as mulheres foram conseguindo mais espaço. Atualmente, eu acho um ambiente super de respeito, eu realmente sou muito feliz e, nas coisas que a gente faz aqui, temos muita parceria entre os setores”.

E ela dá o seu recado: “Quando você tem vontade de alguma coisa, quando está engajada pra aquilo, vai acontecer. E num ambiente que a gente tenha sororidade, que a gente se apoie no dia a dia, faz total diferença. E aqui dentro eu encontrei isso. Acredito que as gerações futuras só têm a ganhar”.

Outra profissional da área portuária, Larissa Rabelo Sandes Sacramento, da Ultracargo, é operadora multimodal no Terminal de Aratu, na Bahia. Com um ano de empresa, ela afirmou que estar nesse ambiente é desafiador, pois, além de lidar com problemas operacionais ou corporativos, é preciso lidar com questões de gênero. “Eu aprendi a trabalhar no meio de homens. A Ultracargo vem dando muita atenção a esta causa de priorizar mulheres, não só colocar mulheres, mas dar condições para as mulheres trabalharem”.

A Ultracargo tem a meta de alcançar, até 2025, 30% de mulheres na área operacional. “Nós temos muita sorte de ter uma gerência tolerância zero com a falta de respeito com a mulher. Tolerância zero com o machismo. Eu tenho muito orgulho da área que eu trabalho”.

Já Márcia Ferrari reforçou a atuação do IWB no setor de infraestrutura. “Nós temos quatro anos de estrada buscando de alguma forma trazer mais mulheres para a infraestrutura, inspirar, trazer conteúdo. Essa jornada é muito importante, junto com o MoveInfra e com tantas outras associações que têm esse mesmo fim. Infraestrutura não é uma pessoa, é pra todos”.

A CEO do MoveInfra, Natália Marcassa, lembrou que o lugar das mulheres é onde elas quiserem estar. “É super importante mostrar para as mulheres que elas podem, quais são os lugares que elas podem estar, que são todos os lugares. E ter empresas realmente preocupadas com esse suporte inicial para conquista desse espaço inicial, porque depois a gente consegue, a gente trabalha firme, a gente consegue mostrar nosso valor”.

Conheça um pouco mais sobre essas profissionais da infraestrutura.

Renata Ruggiero - CCR
Diretora-executiva do Instituto CCR e Diretora de Responsabilidade Social, Sustentabilidade e Inovação do Grupo CCR

Renata Ruggiero Moraes é formada em Economia pela Universidade de São Paulo (FEA-USP) e pós-graduada em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Ao longo dos últimos 20 anos, atuou como executiva à frente das áreas de ESG / Sustentabilidade, Comunicação e Desenvolvimento Organizacional de grandes empresas, tais como Banco Real (atual Banco Santander) e Racional Engenharia. Participou da criação da Ideal Invest, fundo de investimento de impacto, voltado para o financiamento da educação superior no Brasil. Também atuou na liderança de projetos de sustentabilidade junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e foi sócia-fundadora e presidente do Projeto LACE, organização sem fins lucrativos com foco no desenvolvimento de crianças e adolescentes por meio do lazer, arte, cultura e educação.

Renata esteve à frente do Instituto Reciclar, tendo sido responsável pela transição de seu modelo de atuação e pela gestão de seu fundo endowment. Antes de entrar na CCR, foi diretora-presidente do Instituto Iguá de Sustentabilidade. Também é membro do Conselho da Latimpacto (Latin American Venture Philanthropy Network), do Instituto Mosaic, do Instituto Îandé, da PWTech e da ASA (Associação Santo Agostinho). 

Pamella Louise Lopes de Souza – EcoRodovias
Operadora de Tráfego na Ecovias do Araguaia

Pamella Louise Lopes de Souza é nascida na cidade de Goiânia (GO). Formada em Licenciatura em Pedagogia na Universidade Paulista (UNIP), é casada e tem 2 filhos. Tem cursos de digitação, informática básica, marketing pessoal e gestão empresarial. Em sua vida profissional, passou por cargos em produção, na área educacional e no varejo.

Desde agosto de 2022, desempenha a função de Operadora de Tráfego na Ecovias do Araguaia, onde trabalha realizando a inspeção rodoviária, com foco na segurança viária, nos trechos das BRs 080, 153 e 414.

Gleize Gealh
Vice-presidente de Operações da Hidrovias do Brasil

Gleize Gealh é graduada em administração pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e possui MBA de marketing pela FGV e de finanças pelo Insper, além de ter cursado o Global Executive Leadership Program da Yale University. Gleize possui 18 anos de experiência em logística, commodities e operação. 

Trabalhou em diversas áreas como comercial, logística, operações, novos negócios e M&A. Atuou na concepção, implantação e operação de infraestrutura greenfield na América Latina.

Possui experiência com desenvolvimento de negócios, M&A, estratégia comercial e negociações estratégicas de grandes contratos comerciais. Após experiências nas empresas ALL – América Latina Logística e Multigrain, Gleize ingressou na Hidrovias do Brasil em junho de 2010.

Andrieli Borba – Rumo
Maquinista na Operação Portos Sul

Andrieli Borba, 37 anos, foi a primeira mulher no posto de maquinista na Operação Portos Sul. Mãe de dois filhos, ela faz parte da operação em Paranaguá, no Paraná, desde 2020, quando entrou como manobradora ferroviária em uma área ocupada 100% por homens. 

“Foram 3 anos manobrando, adquirindo conhecimento e me encantando pela profissão. Me dediquei, acreditei em mim, suportei o processo e hoje tenho orgulho em dizer que sou a primeira maquinista mulher na Operação Portos Sul. Agradeço a Deus, aos meus superiores por reconhecerem meu esforço e qualidades, e a mim por não desistir e acreditar que posso chegar cada dia mais longe.”

Samanta Odilia Gonçalves Reinert – Santos Brasil
Especialista de Planejamento Operacional no Tecon Santos | Guarujá

Samanta Reinert é uma estudiosa em processos operacionais, com mais de 10 anos de experiência na área portuária, atuando no planejamento de pátio, melhorias de processos e implementação de sistemas. Graduada em Logística e cursando Engenharia de Software, possui certificações em Green e Black Belt. Atualmente atua como Especialista de Planejamento Operacional na Santos Brasil.

“O Tecon Santos é como uma cidade que funciona 24 horas por dia, sete dias por semana e 365 dias por ano. A nossa operação precisa seguir esse ritmo para atender à demanda. É tudo muito dinâmico. O porto é diferente de uma indústria, já que temos muitas variáveis durante as operações, como mau tempo, por exemplo. Lidar com essa adversidade de forma ágil é de suma importância. O que mais gosto é de ter essa dinâmica sempre e todo dia poder conhecer e aprender coisas novas.”

Larissa Rabelo Sandes Sacramento – Ultracargo
Operadora multimodal do Terminal de Aratu (BA)

Larissa Rabelo Sandes tem 26 anos e é formada em Eletrotécnica desde 2017, quando iniciou sua carreira na área operacional, no setor de Elevação Artificial de Petróleo e em fábrica de celulose solúvel. Sua inspiração é seu pai, que trabalhou maior parte da vida na indústria. 

“Além do meu pai, me inspiro em grandes mulheres como minha mãe e a gerente de Terminais da Ultracargo Aline, que possui posição de liderança a qual almejo no futuro.”
14 de junho de 2025
O Brasil precisa investir mais em infraestrutura. Rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, hidrovias, mobilidade urbana, saneamento, energia e telecomunicações são vetores essenciais de integração nacional, de atração de investimentos e de redução de desigualdades regionais. As associações que integram a “Aliança para a Infraestrutura” manifestam profunda preocupação com os efeitos prejudiciais da recém editada Medida Provisória 1.303 no tocante aos investimentos no setor de infraestrutura, notadamente quanto ao aumento da carga tributária incidente sobre as chamadas debêntures incentivadas, um dos instrumentos mais importantes para captação de recursos privados que viabilizam a expansão da infraestrutura brasileira. Ao longo da última década, o Brasil avançou significativamente em projetos de concessão à iniciativa privada. Marcos regulatórios foram modernizados e consolidados, melhorando a prestação de serviços para a população. Apesar do avanço, o investimento ainda é insuficiente para expandir nossa infraestrutura, reduzir o custo de transporte e os preços dos produtos e serviços, gerar competitividade no exterior e universalizar o saneamento. O Brasil precisa avançar nessa agenda de desenvolvimento. A MP vai na contramão disso! Com evidentes restrições orçamentárias, o Brasil tem avançado em mecanismos de financiamento privado ao setor, especialmente como as debêntures incentivadas, fundamentais para viabilizar investimentos prioritários para o país. Entretanto, as debêntures e outras formas de captação privada – como Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e Imobiliário (LCI) – foram colocadas novamente no centro da discussão do ajuste fiscal. Vale a pena onerar investimentos ao invés de reduzir gastos? A imposição de novos tributos nesses instrumentos vai encarecer o crédito, reduzir a atratividade dos investimentos produtivos e inibir os projetos estruturantes que o país tanto precisa para destravar sua logística e melhorar a qualidade de vida dos brasileiros. A busca por arrecadação vai encarecer tarifas, desestimular projetos inovadores e limitar a implementação de soluções em regiões menos atrativas economicamente. Em alguns casos, a pressão por receitas pode postergar ou reduzir investimentos em expansão, eficiência ou sustentabilidade — elementos estratégicos para desenvolvimento de longo prazo. A infraestrutura não pode ser tratada como fonte arrecadatória, mas como instrumento estruturador do crescimento econômico. Projetos que priorizam investimentos em expansão de capacidade, modernização, conectividade regional e internalização dos ganhos multiplicadores do setor geram valor sistêmico para as mais diversas cadeias produtivas e para a competitividade nacional. A experiência internacional e brasileira mostra que, quando bem desenhadas, políticas de incentivo ao investimento estruturado e à expansão eficiente da infraestrutura tendem a gerar aumento de arrecadação no médio e longo prazo, mitigando o impacto inicial sobre o orçamento público e promovendo círculos virtuosos de desenvolvimento. A infraestrutura é o fermento que faz o bolo crescer para todos. Com menos fermento o bolo fica menor, a economia enfraquece e todos perdem! O setor de infraestrutura tem papel vital para o futuro do Brasil. Um ajuste fiscal que onera investimentos não é a saída para o país superar gargalos históricos, expandir sua competitividade global e construir uma economia mais justa e dinâmica. Aliança para a Infraestrutura Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários – ANTF Davi Ferreira Gomes Barreto Diretor-Presidente Melhores Rodovias do Brasil – ABCR Marco Aurélio Barcelos Diretor-Presidente Associação Brasileira de Terminais Portuários – ABTP Jesualdo Conceição da Silva Diretor-Presidente Aeroportos do Brasil – ABR Fábio Rogério Teixeira Dias de Almeida Carvalho Presidente Associação de Investidores em Infraestrutura Multissetorial – MoveInfra Ronei Glanzmann Diretor Executivo Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos – ANPTRILHOS Ana Patrizia Gonçalves Lira Ribeiro Diretora Executiva Associação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto – ABCON SINDCON Christianne Dias Ferreira Diretora Executiva
12 de junho de 2025
Nosso CEO, Ronei Glanzmann, participou nesta quarta-feira (11.06) do Fórum InfraLeste, evento realizado em Vitória (ES) e organizado por seis federações das indústrias: Espírito Santo (Findes), Bahia (Fieb), Goiás (Fieg), Minas Gerais (Fiemg), Rio de Janeiro (Firjan) e São Paulo (Fiesp). Durante a palestra “Posicionando o Arco Leste na Logística Nacional”, Ronei destacou as recentes conquistas do setor, como a criação das debêntures incentivadas, das debêntures de infraestrutura e das LCDs, Letra de Crédito de Desenvolvimento. Glanzmann lembrou ainda que o país passou por um processo de aperfeiçoamento da modelagem dos contratos, com fortalecimento das agências reguladoras, melhoria da qualidade da regulação e incremento das concessões e PPPs de estados e municípios. “O resultado disso é um boom de infraestrutura, com muitos projetos sendo colocados na rua. Projetos de rodovias, ferrovias, mobilidade urbana, aeroportos e concessões novas de hidrovias que têm gerado muitos benefícios para a sociedade, atraindo investimentos nacionais e internacionais, reduzindo o custo do Brasil e melhorando a qualidade de vida de toda a sociedade.” Glanzmann também abordou os desafios que vêm pela frente, como licenciamento ambiental, cenário de juros altos, aumento de impostos e a reforma tributária. “A infraestrutura é um transatlântico, demora para embalar. Temos que prestar atenção para não desacelerar esse transatlântico, o que seria muito ruim para o país, porque é ele que tem empurrado a economia”, avaliou. O Arco Leste conecta os portos da Bahia ao Rio de Janeiro, passando pelos complexos portuários do Espírito Santo, permitindo o escoamento da produção do Centro-Oeste, Bahia e Minas Gerais, além do oeste paulista. Essa rota integra portos, ferrovias, rodovias e aeroportos. O Fórum InfraLeste contou com a participação de especialistas e autoridades, como o vice-governador do Espírito Santo, Ricardo Ferraço; do governador, Renato Casagrande; do diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Guilherme Sampaio; do diretor-presidente da Infra S.A., Jorge Bastos, e representantes das federações das indústrias.
20 de maio de 2025
As entidades abaixo assinadas vêm expressar seu posicionamento acerca das discussões em torno da criação de um marco legal para o licenciamento ambiental brasileiro. Reforçamos nosso compromisso com o licenciamento ambiental como ferramenta essencial para assegurar que as atividades produtivas estejam alinhadas ao uso sustentável dos recursos naturais, à preservação ambiental para futuras gerações e à segurança pública. Por essa razão, rejeitamos propostas que busquem enfraquecer significativamente ou desestruturar este instrumento fundamental. Entretanto, destacamos a necessidade urgente de reestruturação e racionalização do licenciamento ambiental, visando maior eficiência, previsibilidade, agilidade e imparcialidade técnica nas avaliações realizadas. É essencial eliminar o excesso burocrático, evitar sobreposições de competências institucionais e impedir que o licenciamento seja indevidamente utilizado como instrumento para resolver questões excedem o escopo dos impactos dos projetos. A criação de um marco legal unificado, capaz de consolidar as diversas normas existentes e oferecer uma plataforma comum para todos os níveis federativos, é crucial para organizar adequadamente o processo, proporcionar segurança jurídica e evitar práticas excessivas e ineficientes que não contribuem para atingir os objetivos ambientais desejados. Uma Lei Geral de Licenciamento Ambiental precisa garantir elementos fundamentais como a adequação das exigências e tipos de licenciamento (declaratório, simplificado ou tradicional) às características específicas e ao potencial impacto dos empreendimentos, assegurar a autonomia dos órgãos ambientais responsáveis, vincular condicionantes ambientais diretamente aos impactos constatados nos estudos técnicos, promover a integração e otimização dos processos de licenciamento para empreendimentos semelhantes, e priorizar etapas iniciais e de monitoramento. Além das diretrizes gerais, é necessário um reordenamento administrativo que estabeleça uma distribuição mais equilibrada das responsabilidades e prazos entre os setores público e privado. Isso envolve definir prazos máximos claros, razoáveis e previsíveis para a emissão das decisões finais pelos órgãos ambientais, unificar requisitos técnicos e uniformizar os prazos de validade das licenças emitidas. Defendemos também a existência de regras transparentes, com definições e critérios objetivos que agilizem e tornem previsível o licenciamento ambiental para quaisquer tipos de atividades e empreendimentos, conforme estabelecido na Lei Complementar 140 de 2011. Ressaltamos especialmente a importância de critérios claros sobre o porte e potencial poluidor dos projetos, garantindo um equilíbrio federativo justo entre União, estados, municípios e Distrito Federal no processo de licenciamento. Dessa forma, manifestamos nosso total apoio ao relatório unificado apresentado pelos senadores Tereza Cristina e Confúcio Moura ao PL 2159/2021, entendendo que o conteúdo proposto corresponde plenamente às expectativas da sociedade brasileira no sentido de aperfeiçoar e modernizar o licenciamento ambiental. Por fim, reiteramos nosso pedido ao Excelentíssimo Presidente do Senado Federal, Senador Davi Alcolumbre, para que a matéria seja apreciada com celeridade em plenário, considerando a maturidade do texto construído e a urgência que o tema requer. 20/05/2025 ESSE É O POSICIONAMENTO DAS ENTIDADES ABAIXO SUBSCRITAS À PRESENTE MANIFESTAÇÃO: 1. ABBA – Associação Brasileira da Batata 2. ABAG – Associação Brasileira do Agronegócio 3. ABAQUE – Associação Brasileira de Armazenamento e Qualidade de Energia 4. ABCC – Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado 5. ABCZ – Associação Brasileira de Criadores de Zebu 6. ABCS – Associação Brasileira dos Criadores de Suínos 7. ABEEÓLICA – Associação Brasileira de Energia Eólica 8. ABEGÁS – Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado 9. ABEMI – Associação Brasileira de Engenharia Industrial 10. ABEN – Associação Brasileira de Energia Nuclear 11. ABGRAV – Associação Brasileira de Geração Renovável 12. ABIA – Associação Brasileira da Indústria de Alimentos 13. ABIAPE – Associação Brasileira dos Investidos em Autoprodução de Energia 14. ABIC – Associação Brasileira da Indústria de Café 15. ABIEC – Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne 16. ABIFUMO – Associação Brasileira da Indústria do Fumo 17. ABINEE – Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica 18. ABIHV – Associação Brasileira da Indústria do Hidrogênio Verde 19. ABIOVE – Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais 20. ABIPESCA – Associação Brasileira das Indústrias de Pescados 21. ABISOLO – Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal 22. ABPIP – Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás 23. ABLAV – Associação Brasileira de Laticínios 24. ABPA – Associação Brasileira de Proteína Animal 25. ABRABOR – Associação Brasileira de Produtores e Beneficiadores de Borracha Natural 26. ABRACEEL – Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia 27. ABRADEE – Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica 28. ABRADEMP – Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia de Menor Porte 29. ABRAFRIGO – Associação Brasileira de Frigoríficos 30. ABRAFRUTAS – Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados 31. ABRAGE – Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica 32. ABRAGET – Associação Brasileira de Geradoras Termelétricas 33. ABRAMILHO – Associação Brasileira dos Produtores de Milho 34. ABRAPCH – Associação Brasileira de PCH e CGH 35. ABRAPA – Associação Brasileira dos Produtores de Algodão 36. ABRASEM – Associação Brasileira de Sementes e Mudas 37. ABRASS – Associação Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja 38. ABRATE – Associação Brasileira das Empresas de Transmissão de Energia Elétrica 39. ABREN – Associação Brasileira de Energia de Resíduos 40. ABSOLAR – Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica 41. ACRIMAT – Associação dos Criadores de Mato Grosso 42. ADELAT – Associação de Distribuidoras de Energia Elétrica Latino-Americanas 43. ADIAL – Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás 44. ADUGO – Associação dos Desenvolvedores Urbanos do Estado de Goiás 45. AELO – Associação das Empresas de Loteamento e Desenvolvimento Urbano 46. AENDA – Associação Nacional das Empresas de Produtos Fitossanitários 47. AMA BRASIL – Associação dos Misturadores de Adubos do Brasil 48. AMPA – Associação Matogrossense dos Produtores de Algodão 49. ANACE – Associação Nacional dos Consumidores de Energia 50. ANAPA – Associação Nacional dos Produtores de Alho 51. ANDAV – Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários 52. ANE – Academia Nacional de Engenharia 53. ANEOR – Associação Nacional das Empresas de Obras Rodoviárias 54. ANTF – Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários 55. AIPC – Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau 56. APINE – Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica 57. APROSMAT – Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso 58. APROSOJA BRASIL – Associação Brasileira dos Produtores de Soja 59. APROSOJA MS – Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul 60. APROSOJA MT – Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso 61. BIOENERGIA BRASIL – Bioenergia Brasil 62. BIOSUL – Associação de Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul 63. CBIC – Câmara Brasileira da Indústria da Construção 64. CECAFÉ – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil 65. CITRUS BR – Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos 66. CNA – Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil 67. CNI – Confederação Nacional da Indústria - CNI - Sistema Indústria 68. CROPLIFE BRASIL – CropLife Brasil 69. COGEN – Associação da Indústria de Cogeração de Energia 70. FAESP – Federação da Agricultura do Estado de São Paulo 71. FAMASUL – Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul 72. FAMATO – Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso 73. FEPLANA – Federação dos Plantadores de Cana do Brasil 74. FENSEG – Federação Nacional de Seguros Gerais 75. FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo 76. FIEMT – Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso 77. FIRJAN – Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro 78. FMASE – Fórum de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Meio Ambiente do Setor Elétrico 79. IBRAM – Instituto Brasileiro de Mineração 80. IBP – Instituo Brasileiro de Petróleo e Gás 81. MOVEINFRA – Associação de Investidores em Infraestrutura Multissetorial 82. OCB – Organização das Cooperativas Brasileiras 83. ORPLANA – Organização de Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil 84. SECOVI/SP – Sindicato dos Condôminos e Imobiliários de São Paulo 85. SECOVI/GO - Sindicato dos Condôminos e Imobiliários de Goiás 86. SINDAG – Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola 87. SINDAN – Sindicato Nacional da Indústria de Produtos Para Saúde Animal 88. SINDICERV – Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja 89. SINDIRAÇÕES – Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal 90. SINDIVEG – Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal 91. SRB – Sociedade Rural Brasileira 92. SUCOS BR – Associação Brasileira das Indústrias de Suco Integral 93. UNEM – União Nacional do Etanol de Milho 94. UTCAL – Utilities Telecom & Technology Council América Latina 95. VIVA LÁCTEOS – Associação Brasileira de Laticínios 96. WEC – World Energy Council
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